17/10/2011

Um dia acordei e dei conta que a minha vida estava virada do avesso, que não tinha tinha seguido pelo caminho certo. A verdade é que eu me dava conta, mas não queria assumir que sim.
E como tal.. preferi deixar-me ir, «go with the flow« até que me apercebi que o caminho no qual me encontrava, não tinha retorno. Nessa altura eu já fazia parte de um grupo de pessoas cuja vida estava a desintegrar-se diariamente, que deixaram de ser elas próprias para se tornar numa mistela de outra pessoa e a viver unicamente para essa pessoa.
Nesse dia decidi acordar, levantar-me e procurar o EU dentro de mim. Esse EU do qual já nem me lembrava mas que esteve aqui sempre.
Não vou mentir, custa.
Custa horrores, dói imenso, chora-se imenso e revive-se o bom porque é o que mais queremos viver, mas também se revive o mau, porque no meu caso dei-me conta que houve muito mais mau que bom.
Uma amiga disse-me: «Divide uma folha de papel em dois lado...de um anota tudo o que de bom viveste nestes 4 anos e do outro lado o mau.... depois tira as tuas conclusões...»
Fiquei frustrada comigo própria, pois do lado esquerdo pouco ou nada havia para escrever, e o que escrevi tive que ir buscar às minhas mais recôndidas lembranças. O lado direito foi demasiado fácil de preencher...
Ao ler aquilo foi como se uma faca se espetasse no meu peito... perguntei-me porquê eu? Porque teria que viver aquilo... não há resposta, nem nunca haverá.
No dia em que me dei efectivamente conta de mim...decidi que queria ser feliz.
Hoje estou mais feliz.
Porquê? Porque hoje posso ser eu própria, posso ser a pessoa que sempre fui e que um dia alguém quis calar.
E tenho a certeza que amanhã será bem melhor, eu própria serei uma pessoa melhor...

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